O Geocentrismo Como Reflexo Do Egoísmo Humano
Há tempos atrás as pessoas acreditavam que o Sol girava em torno da Terra e que o universo fora criado única e exclusivamente para que os seres humanos pudessem nele habitar. Fomos o centro do universo por muito tempo, condenando aqueles que questionavam a existência de um universo infinito e heliocêntrico, à morte.
Hoje em dia, com todas as provas e fatos, descobrimos que a Terra não é o centro do universo e que ele vai muito além do que podemos observar. Ainda não foi explicado cientificamente a origem de toda essa grandeza, mas o que move o mundo não são as respostas e sim as perguntas.
Já dizia Einstein que a imaginação é mais importante que o conhecimento. A imaginação é infinita e pode nos levar à muitas respostas, assim como à muitas perguntas.
Mesmo com todo esse conhecimento, o ser humano tem a necessidade de se colocar no centro do universo. O egoísmo e a necessidade de sentir-se importante em meio à essa vastidão, faz com que ele crie em sua mente uma importância imaginária, o que é totalmente compreensivo: existir por existir, sem propósito algum, acaba levando muitas pessoas ao delírio e ao estado depressivo profundo. Ele começa então a procurar propósitos para viver e a ter uma necessidade de mostrar para seus semelhantes que é superior em algo, seja no trabalho, na vida amorosa, nos ciclos sociais, na inteligência... Na maioria das vezes por medo de duas coisas: a solidão e o esquecimento.
A solidão é o medo sentido enquanto vivos. Solidão não tem a ver com o número de pessoas ao nosso redor, mas sim com o estado da nossa mente. Sentir-se solitário em meio ao universo é um suicídio à longo prazo.
O medo da morte é o medo do esquecimento, do não-reconhecimento. A morte nada mais é do que a transformação e devolução dos nossos átomos pro universo, mas enquanto uma ideia sobrevive, a pessoa continua viva, até que sua ideia caia no esquecimento infinito ao longo dos anos.