Porque Deus Pai amou o mundo.
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16). Quanta coisa nos diz este versículo que fica difícil expressá-lo em palavras, Lutero o chamou de: “O Evangelho em miniatura”, mas vamos falar algo sobre ele:
1 – Aqui fica claro que a origem e a iniciativa de toda salvação se encontram em Deus Pai. Em algumas ocasiões os religiosos falam como se quisessem pintar uma imagem de um Deus severo, iracundo, que tal qual um juiz legalista nos aguarda para um julgamento frio e severo; mas aqui vemos Deus Pai mostrar com a vinda de Jesus é um Pai amoroso, gentil, que perdoa tudo, desde de que, haja arrependimento, ou seja, mudança de mente. E nos mostra também que por trás e acima de todas tas coisas está o seu sempiternal amor.
2 – Diz-nos que a essência do ser de Deus é o amor. É fácil pensar que Deus olha os seres humanos em sua desobediência e rebeldia, com um pensar como de um coronel pronto discipliná-los. E as vezes até repetimos um ditado: “Se não for pelo amor será pela dor”, mas o que vemos aqui e, em toda a Bíblia é que Deus pai sempre nos chama pelo amor. Deus Pai sempre teve um plano de salvação, e salvação simplesmente fundado no amor, Ele sempre nos chamou e nos chama para uma conversa de Pai para filho. (Isa 1:18 Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.). Comumente pensamos que Deus procura a submissão dos seres humanos para satisfazer seu desejo de poder, ou seu desejo do que poderíamos chamar um universo completamente submisso. Mas o tremendo e belo deste texto é que mostra-nos um Deus agindo, não para seu próprio benefício, e sim para o nosso. Ensina-nos que Deus não agiu para satisfazer seu desejo de poder. Mas sim o fez movido pelo seu maior atributo que é o amor, Ele o fez para satisfazer seu amor. Deus não é como um monarca absoluto que trata cada homem como um súdito ao que se deve reduzir-se a uma abjeta obediência. Deus é o Pai amoroso que não pode sentir-se feliz enquanto seus filhos extraviados não tenham voltado para casa. Deus não submete os seres humanos pela força; mas suspira por nós em exalações de graça e amor.
3 – Fala-nos da amplitude do amor de Deus. O que Deus amou tanto foi o mundo. Não se tratava de um país nem de um tipo de gente boa; não eram somente aqueles que o amavam, mas o mundo. Os que não eram amados e os não amáveis; os solitários que não têm a ninguém que os ame; aquele que ama a Deus e o que jamais pensa nele; o ser aquele que descansa no amor de Deus e a pessoa que zomba dele: todos estão incluídos neste vasto amor inclusivo. Um amor que se espalha pelo universo sem procurar a quem, um amor que gera vida graciosamente e incessantemente este é o amor de Deus! Mesmo na imensidão do universo Deus ama cada um de nós como se não houvesse nenhum outro a quem amar.
E o que aprendemos com isso? Aprendemos que Deus sempre nos ofereceu a sua vida, para que tenhamos vida em plenitude. Mas para que possamos fazer parte desta vida é necessário ser parte desta vida. Amando o próximo sem distinção, servindo mais que, perdoando setenta vezes sete se for preciso, e guardando seus mandamentos. Pois quando vivemos assim fazemos mais bem a nós mesmos que a outrem, pois que gera vida é nutrido pela vida. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre conosco.
(Molivars).