Quanto

E quantos rostos já foram enxergados por meus olhos, às vezes atentos e felizes, mas por vezes tristes e cansados.

Quantos sonhos foram sonhados e deixados para trás, tantos outros realizados na rapidez do cotidiano, ou na estupidez do momento ideal.

Quantos amores amados, alguns guardados, todos passados, tudo registrado no baú do tempo e do esquecimento.

Quantas lições aprendidas, muitas a duras penas, tantas outras foram ensinadas com a suavidade da brisa que cai.

Quanto dessa vida já se foi, oportunidades jogadas na janela do anoitecer, desejos perdidos na alma do luar, a vida só passa e ninguém a vê passar, só percebe o tempo perdido quando beira o amanhecer do dia que nunca chegará.

Ge Vitorino
Enviado por Ge Vitorino em 09/11/2016
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