BRINCADEIRA DE VIVER
Depois que nascemos, começamos um grande brincadeira. Avançamos ou voltamos casas. Ganhamos prêmios ou pagamos por passos errados. Os dados nunca param.
De repente, porque o jogo é rápido, envelhecemos. Todos envelhecem. E quando são nossos pais, a brincadeira já não tem tanta graça. Mas eles viram crianças e querem continuar brincando.
Inventam novos jogos.
VIVO! MORTO! MORTO! VIVO!
E assim, entre brincadeiras e sustos, eles continuam no jogo e esquecemos de suas limitações e não aceitamos que comecem a não entender as regras.
De um dia para o outro, fazem birra e começam a não querer brincar mais. Não adianta falar, dizer que vão tomar injeção, que vão ao médico. Ai, ai, ai...vamos continuar brincando...
Mais nada funciona. Apenas não querem mais se divertir.
E o que fazem? Sem mais nem menos eles se recolhem, guardam as caixas com os jogos.
Muitas vezes não queremos acreditar. Perguntamos o que houve, e eles apenas dizem:
A brincadeira acabou...