O deslocado desta geração globalizada.

Engasgou com suas próprias palavras. Vestiu o manto da vergonha. Banhou-se com egocentrismo. Cavou seu próprio funeral.

Viu-se deslocado, sem perspectiva. Sabia qual era seu lugar. E talvez isso tenha sido a coisa mais sensata que pensara.

Rodeado de alguns míseros puxa-sacos. Alguns bons, talvez. Os salvos o ignorava. E sua tentativa esdrúxula de tentar ser notado saía pelo ralo.

Resta-lhe a existência, a tentativa falha. Será este o seu destino?

Não passa de um deslocado tentando se encontrar nessa multidão vazia que só faz vangloriar sua existência fútil. Resta-lhe o que ainda não foi descoberto. Resta-lhe o porvir incerto.