Amor e saudade
Hoje prometi não poetizar.
Mas como?! Se ela grita dentro de mim.
Se as palavras queimam quando não saem.
Gritam tanto que fico confusa.
Assim sendo, vamos falar de dor?!
Vamos falar de saudade? !
Vamos falar de amor?!
Mas não é qualquer DOR, SAUDADE, AMOR!!!
É o que conhecemos de mais sincero destes sentimentos.
Vamos falar de Mãe de irmã, avô, primo.
Tão vivos em mim que não consigo senti-los naqueles lugares frios. Não sei se é estranho, mas chegando lá, não encontro nada.
Não tem sentimentos
Não há lembranças.
Não há dor!
Só um amontoado de pedras.
Pessoas conversando. Alguns estranhos, outros conhecidos e só.
Faço minha obrigação e volto para casa.
Aqui sim eles estão. Todos os detalhe de cada um deles.
Mãe e seu sorriso. Seu cheiro de corpo banhado. Sua voz. Aquele rosto entre entre amor, proteção, pranto, risos...
Minha mãe! O melhor ser humano e mais temente a Deus. Cheia de sonhos e obediência.
Minha mãe! Minha rainha!
Minha mãe...
Patinha! Talvez a flor mais linda e singela que já conheci. Delicada e guerreira. Modelo de luta e resignação. Amor. Esta é a palavra para defini-la. AMOR!!!
Vô. Meu modelo de vô. Tudo que sei de vô vem dele. Risos em meio a dor. Meu vô. Dizia me amar naquelas brincadeiras. "Tão feia com esta cara chata ". Rsrsrs
Denis. Menino de riso fácil que trazia nas mãos o coração. No sorriso a alma. Homem deste pequeno. Menino mesmo adulto.
Dentro de mim são vivos. Falam. Têm cheiro. Forma. Existem como os que aqui estão. Apenas estão distantes, não dar para abraça-los, mas dar para sentir o abraço.
Aqui seguimos distantes e pertos, esperando o dia do encontro, do abraço. Aquele prometido por Deus a todos que creem na ressurreição de Cristo.
Ame enquanto pode.
Abrace enquanto sente.
Viva enquanto pulsa.