Duas Caras
A vida sempre foi algo muito contraditório. Ela geralmente, quase, senão sempre, faz questão de brincar com a nossa cara. Você planeja algo, ela vem e descarta, você acha a resposta, ela vem, e muda completamente as perguntas.
Existe uma tremenda diferença entre o falso e o hipócrita:
_ O falso; o falso acorda cedo, dorme tarde, vai à escola, ao trabalho, se estressa, desistressa. Faz tudo que o hipócrita faz. Geralmente os dois andam lado a lado. Muitas vezes, o hipócrita fala sempre mais alto, porém, o falso sempre se sobressai.
- Havia um homem, cujo o seu nome era Zé. "Zé faz isso, Zé faz aquilo, aquilo outro". Esse mesmo homem, sempre foi trabalhador, nunca reclamara de nada, fazia de tudo, suportava de tudo.
E havia um outro homem, cujo o seu nome era Eu. "Eu fiz isso, Eu fiz àquilo, aquilo outro".
O Senhor Eu, vivia se vangloriando, e mesmo quase nunca botando a "mão na massa"; era ele, quem sempre levava o mérito pelo feito. Mesmo assim, o senhor Eu estava sempre estressado, sabe-se Deus com o que.
O Zé, por outro lado, quase nunca era visto, sequer, com "a cara amarrada", vivia sorrindo e, quando se estressava, sempre deixou seu estresse consigo mesmo. Ninguém tinha culpa por seu estresse, apenas ele!
O senhor Eu, chegava em casa só a noite, "cansado de tanto trabalhar". Tomava um bom banho, jantava uma comidinha bem quentinha e logo pegava no sono.
O Zé, o Zé chegava em casa, cumprimentava sua esposa, seus filhos, a visita, o cachorro, o papagaio...
Mesmo "muido" depois de um dia estressado e cansativo, ele sempre encontrava forças para permanecer ali com todos, contava piada, jogava cartas, dominó, esses tipos de jogos que geralmente a galera costuma jogar quando reunidos em casa.
O senhor Eu, quase nunca tinha tempo para nada, pra ninguém. Ele vivia reclamando, mas, de que?
_ Ele nunca plantou nada para colher!
O Zé não, o Zé sempre procurou compreender a todos, mas ninguém nunca o entendia. Como é possível um cara como ele, que já fôra tão humilhado na vida, ainda esbanjar tamanho sorriso por aí?
_ Nem ele mesmo sabia essa resposta, simplesmente ele sorria!
* Moral da história:
É preferível ser falso do que um hipócrita. Pois o falso mesmo na lama, ainda sim, ele sorrirá ao dizer: "está tudo bem, não se preocupe comigo, estou ótimo..."
E o hipócrita, mesmo não acrescentando em nada, ele ainda sim, se vangloriara pelo feito.