Vejam, o Vagabundo!
Aquele homem nunca quis nada, nada além do que fosse seu.
Aquele homem, na verdade nem era um homem.
Aquele homem, não passara de um garoto.
E o garoto, nunca quisera ser o homem.
Aquele garotinho não tinha problemas,
Se divertia com a bola, as petecas, a bike, o vídeo game.
Mais o espelho quebrou,
O sorriso, embasado ficou.
O choro jorrou,
O amor acabou.
Toda noite ele chorava!
Ninguém desconfiava,
Mas, o sorriso do menino, não passara de faixada.
Aos doze, trabalhando.
Com seus pais separados,
Homem da casa virava.
Os olhos da mãe, cheios d'agua,
Ele sorrindo, enxugava.
Seus irmãos, pobre pequeninos,
Não entendiam nada.
Por que seu pai fôra embora e seu irmão mais velho, pagara as contas da casa?
De menino inocente à vagabundo insolente.
Foi assim que o conheci,
Cheio de mágoa no peito,
Mas sempre sorridente.