Apaixonado
Acordar cedo pra mim sempre foi uma tarefa difícil, pra não dizer impossível. Mas naquela noite eu estava ansioso, mesmo precisando acordar de madrugada, deixei a roupa separada e tudo organizado. Levantei as 5 horas da madrugada e praticamente não dormi, tomei um banho, e coloquei a calça mais nova que tinha, coloquei uma camisa nova que comprei justamente para viajar, e uma jaqueta jeans que peguei emprestado, me perfumei com o cheiro que ela dizia adorar quando estava apaixonada por mim,tentei arrumar o cabelo mas não consegui, eu precisava estar bonito. As mãos suadas, eram 2 horas de viajem e eu já estava feliz, já fazia um longo ano que não à via. Coloquei um chiclete na mochila e saí. No decorrer do caminho passava muitas coisas na minha cabeça. O beijo,o abraço, a sensação de talvez ouvir que estava com saudade, foi um longo e triste ano, senti tanta a falta dela, e precisava vê-la, arrumei um pretexto e fui. Estar apaixonado é ser bobo assim, ao ponto de acordar cedo, ou de arrumar uma roupa emprestada e ir com o peito aberto. No ônibus eu fechava os olhos e pensava nela, e imaginava seu corpo no meu, e nem sabia o que se passava na cabeça dela ( ah se eu soubesse), mas eu sabia que ela ainda sentia algo por mim, ainda me amava (talvez). Enfim fui chegando ao encontro dela, cheguei cedo e me sentei para aguardar, e aqueles 26 minutos não passavam, abri a mochila passei mais um pouco de perfume, tudo tinha de estar perfeito, masquei mais um chiclete. Todas as mulheres que surgiam eu já olhava os cabelos, até que via o rosto e percebia que não era ela, olhava o jeito de andar também até descobrir que mais uma vez não era ela. Então meu coração começou palpitar mais forte, era ela! Ela chegou, me deu um abraço e me pediu para segurar sua bolsa enquanto voltava. Quando ela voltou fomos conversar e eu ali louco por dentro, vontade de beija-la, vontade de tocá-la.. Depois de uns 40 minutos eu já estava angustiado e percebi. Quando ela chegou não estava sozinha, já havia alguém em seu coração, ou simplesmente eu já não estava mais lá. Eu guardei meu amor por alguém durante um longo e triste ano, e meu amor não acabou. Até hoje quando olho pelas ruas e vejo os cabelos ou o jeito de andar ainda acho que seja ela, é como se a qualquer esquina eu fosse encontra-la. Então fui embora, triste, sozinho, apaixonado, aparentemente forte, por dentro destruído. Um beijo no rosto. Um tchau. Vai com Deus. E mais um amor que se acabou.
Acordar cedo pra mim sempre foi uma tarefa difícil, pra não dizer impossível. Mas naquela noite eu estava ansioso, mesmo precisando acordar de madrugada, deixei a roupa separada e tudo organizado. Levantei as 5 horas da madrugada e praticamente não dormi, tomei um banho, e coloquei a calça mais nova que tinha, coloquei uma camisa nova que comprei justamente para viajar, e uma jaqueta jeans que peguei emprestado, me perfumei com o cheiro que ela dizia adorar quando estava apaixonada por mim,tentei arrumar o cabelo mas não consegui, eu precisava estar bonito. As mãos suadas, eram 2 horas de viajem e eu já estava feliz, já fazia um longo ano que não à via. Coloquei um chiclete na mochila e saí. No decorrer do caminho passava muitas coisas na minha cabeça. O beijo,o abraço, a sensação de talvez ouvir que estava com saudade, foi um longo e triste ano, senti tanta a falta dela, e precisava vê-la, arrumei um pretexto e fui. Estar apaixonado é ser bobo assim, ao ponto de acordar cedo, ou de arrumar uma roupa emprestada e ir com o peito aberto. No ônibus eu fechava os olhos e pensava nela, e imaginava seu corpo no meu, e nem sabia o que se passava na cabeça dela ( ah se eu soubesse), mas eu sabia que ela ainda sentia algo por mim, ainda me amava (talvez). Enfim fui chegando ao encontro dela, cheguei cedo e me sentei para aguardar, e aqueles 26 minutos não passavam, abri a mochila passei mais um pouco de perfume, tudo tinha de estar perfeito, masquei mais um chiclete. Todas as mulheres que surgiam eu já olhava os cabelos, até que via o rosto e percebia que não era ela, olhava o jeito de andar também até descobrir que mais uma vez não era ela. Então meu coração começou palpitar mais forte, era ela! Ela chegou, me deu um abraço e me pediu para segurar sua bolsa enquanto voltava. Quando ela voltou fomos conversar e eu ali louco por dentro, vontade de beija-la, vontade de tocá-la.. Depois de uns 40 minutos eu já estava angustiado e percebi. Quando ela chegou não estava sozinha, já havia alguém em seu coração, ou simplesmente eu já não estava mais lá. Eu guardei meu amor por alguém durante um longo e triste ano, e meu amor não acabou. Até hoje quando olho pelas ruas e vejo os cabelos ou o jeito de andar ainda acho que seja ela, é como se a qualquer esquina eu fosse encontra-la. Então fui embora, triste, sozinho, apaixonado, aparentemente forte, por dentro destruído. Um beijo no rosto. Um tchau. Vai com Deus. E mais um amor que se acabou.