Limite do ser
Corre nessa noite
Repetem dias e noites,
O segundo revela o misterio
Do futuro imediato adormecido,
Acorda guerreiros
Levanta bandeira
Do desconhecido
Nem sempre na figura
De um amigo.
Deixem suas armas
Fora do armario
Se dorme seu dragao
No meio de escombros
Os outros lhe darao ombros,
Pois o desconhecido
Leva luz em suas asas
Lhe dara guarda,
Nem sempre isso ocorre
O que vai na cabeça do ser
Nem sempre a vigilancia
É segura,
Torna homem
Criança
Em viradas da lua.
Se a luz nasce
Da escuridao
O bem e o mal
Sublimes,
Dão suas maos.
Corre nessa noite
A agua vinda da chuva
Lagrimas do universo
Molhando a terra
Para semear sementes,
Sustento do adubo,
Migram a vida em rodas
Voadoras,
Patinadoras de gelo,
Nadam nas aguas vivas
Remam contra maré
Aqui mais um José,
Maria planta flores
Quando vieram as dores,
Todas morreram,
Suas lagrimas de desespero
Deram vida a sementes
Florindo outro jardim
Da memoria retorica,
Da alma desolada,
Dos amores javantes
Eu, ela, você
Personagens das historias
Ja vividas,
Meu tempo
Seu tempo
Se encontram em algum
Momento,
Quantas estacas no trilho
Qual carta de um jogador
Nao se posta na mesa
A jogada de todas as fichas,
Se perde muito rápido
O azar do parceiro
Pode ser a sorte do boêmio,
Joga se bola,
Trave,
Cartas
Lhe resta um ais
Para o rei dos pobres
Pensamentos
Do coração valente,
Do mendigo sem teto
Da euforia dos foliões
Todos,todos
Sao jogos no tabuleiro
Do dia que trabalhou
O dia inteiro,
Da bailarina com calos
O prazer entra com alegria,
Como bebida doce
A dose alta
Desmembramento
Do certo, errado
O corpo e sua alma gêmea
Um dita,
Outro ouve,
Segurem suas redeas
O limite nao passa desta terra.