O que seria da poesia sem o poeta?
Ficaria adormecida na relva orvalhada do sereno da noite ...
Ou espalhada nas areias ardentes sob o sol do meio dia...
Talvez presa em almas silenciosas em noites eternas...
Nos corações solitários...
Na chuva mansa que transborda os rios...
No respirar sereno da madrugada...
Nos sonhos atrevidos ...
No abrir dos olhos ainda sonolentos...
Nas páginas em branco sedentas por palavras...
Na vida passageira qual nuvem de fumaça...
Na rara inocência do amor ingênuo e puro...
Ou sucumbiria ao implacável tempo e se perderia...?