A única guerra que vale a pena se travar.
Porque o que faço, não o aprovo, pois o que quero, isso não faço; mas o que aborreço, isso faço. (Rom 7:15). Nesta passagem que inicia no versículo sete e se estende até o versículo vinte cinco da presente carta ao Romanos vemos o apóstolo Paulo dissertar sobre a grande guerra que se trava dentro daquele que decide seguir a Cristo Jesus. Aqui vemos Paulo despir a sua alma, vemos ele falar de uma experiência que é da humana. Ele sabia o que era o bem; desejava fazer o bem; e entretanto não podia fazê-lo. Sabia o que era o mal; a última coisa que teria querido era fazer o mal; e entretanto, ele o fazia. Sentia-se como uma personalidade dividida. Era como se duas pessoas estivessem dentro da mesma pele. Sentia-se miseravelmente arrastado em duas direções. Era como se ele estivesse em uma guerra civil. E está realidade acontece com cada um de nós.
E, isto nos leva a entender como e quanto podemos ser falhos e a importância de orarmos para que o Espirito Santo nos guie.
1 – Aqui vemos demonstrado que não devemos nos balizar somente em nosso conhecimento. Pois se conhecer o bem fosse fazê-lo, a vida seria fácil. Mas o conhecimento por si só não capacita o ser humano de praticar o bem, e assim se segue em todos os aspectos da vida. E ainda mais quando seguimos aficionados em algo geralmente deixamos de ver o que acontece em nossa volta. E com certeza tropeçaremos e cairemos em erros e ainda corremos o risco de fazer mais mal que o bem. Eis a diferença entre a religiosismos e o ser Cristão. O religiosismo nos fornece uma coletânea de códigos e de rituais, e de uma agir externo, mas quando decidimos ser discípulos de Cristo nós começamos a conhecer uma pessoa. E, este conhecimento nos leva a uma transformação regeneradora e então começamos a conhece o amor.
1 – Demonstra o quão falhas e inadequadas são as nossas decisões. Pois há um imenso abismo entre decidir fazer algo, e fazê-lo. Há na natureza humana uma fraqueza essencial da vontade. Quando baseamos a nossa decisão somente em nossa vontade corremos o risco de nadar… nadar e morrer na praia. Pois quando a nossa vontade se defronta com os atos, os problemas, as dificuldades, as oposições, quase sempre ela fraqueja. Podemos tomar como exemplo está passagem: Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo. E vemos que não foi o que aconteceu. A vontade humana sem a fortaleza de Cristo está destinada a fracassar.
3 – Demonstra-nos as limitações das nossas concepções e diagnósticos. Paulo sabia com toda clareza o que era o mal agir; mas era totalmente incapaz de corrigi-lo. E assim se dá conosco somos capazes de identificar o mal nas ações alheias e as vezes até o identificamos dentro de nós, mas não podemos e nem temos o poder de julgar ou de corrigir o erro alheio, pois na maioria das vezes não conseguimos corrigir ou frear os nossos próprios erros. Somente Cristo Jesus é capaz de reconhecer o que é o mal, e também pode corrigir o mal. E quando firmamos a nossa vontade, o nosso conhecimento e o nosso juízo em Cristo Jesus entendemos que a maior guerra que devemos travar está em nós mesmos, e que ao Cristão enquanto discípulo de Cristo não cabe criticar, julgar ou punir, mas sim estender a mão da misericórdia e do amor. Pois foi isto que Cristo nos ensinou: Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento. (Mat 9:13). Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes. (Mat 12:7).
Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o arbitro de nossos corações, e que este amor ajude-nos a mudar o que há de mal dentro de nós, pois este é o bom combate e a única guerra que vale a pena guerrear.
(Molivars).