Caos interior

E a brisa bate leve na porta que me protege;

De um sol que nem queima, de uma chuva que de tão fina parece brisa;

Travestida de insanidade, loucura e talvez desejo;

Atravessando a cidade causando um longo devaneio;

O sol que antes nem queimava, neste instante nem brilha mais;

E isso é só saudade, de um tempo que nem volta mais;

E é louco insistir no caos, por que ao redor tudo desmorona;

Somos humanos insanos, cultivando constantemente a linda e louca mania de ter fé na vida;

Como já dizia o poeta "é bonita, é bonita e é bonita";

Mas ainda assim será que vale a pena insistir?

Decepções constantes, amores não correspondidos, filho que mata pai, pai que mata filho, simplesmente um caos vivido;

E ainda assim eu reforço e digo, acreditar é o primeiro passo de um ser incrível;

Como eu, como você, afinal estamos todos perdidos;

Fazendo aqui o que eu não sei bem, mas cultivando sempre a louca mania de acreditar que é possível.

Kawane Menezes da Rocha
Enviado por Kawane Menezes da Rocha em 14/10/2016
Reeditado em 14/10/2016
Código do texto: T5791676
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