Caos interior
E a brisa bate leve na porta que me protege;
De um sol que nem queima, de uma chuva que de tão fina parece brisa;
Travestida de insanidade, loucura e talvez desejo;
Atravessando a cidade causando um longo devaneio;
O sol que antes nem queimava, neste instante nem brilha mais;
E isso é só saudade, de um tempo que nem volta mais;
E é louco insistir no caos, por que ao redor tudo desmorona;
Somos humanos insanos, cultivando constantemente a linda e louca mania de ter fé na vida;
Como já dizia o poeta "é bonita, é bonita e é bonita";
Mas ainda assim será que vale a pena insistir?
Decepções constantes, amores não correspondidos, filho que mata pai, pai que mata filho, simplesmente um caos vivido;
E ainda assim eu reforço e digo, acreditar é o primeiro passo de um ser incrível;
Como eu, como você, afinal estamos todos perdidos;
Fazendo aqui o que eu não sei bem, mas cultivando sempre a louca mania de acreditar que é possível.