SEPARAÇÃO E FILHOS

Qndo um casal s separa, alem da perda do pai que vai embora, a criança perde também a mãe que ficou, pois esta, com a ausência do cônjuge precisa trabalhar mais, fora e dentro de casa, e aquele tempo que era dedicado aos filhos agora é usado para manter a casa e o alimento!

Qndo um casal c filhos resolvem suas diferenças pela separação gera uma cadeia de eventos, dentre eles a perda do tempo de dedicação aos filhos, os pais dos dois lados tem necessidades físicas e sentimentais que precisam ser atendidas. Estes pais começam a buscar, dentro de suas vidas a reconstrução de uma família que se perdeu, mas agora inserindo novas pessoas e novos sentimentos na vida dos filhos.

As mães por um lado, buscam aplacar as dores d uma perda amorosa e financeira, de outro lado o pai se foca no trabalho e nas novas relações.

E os filhos ficam imensos em incompreensão, são colocados de lado com a desculpa de que "se os pais não estão bem, os filhos tbm não estarão" e isso causa uma confusão de valores, tanto para os pais, qnto para os filhos!

Qndo o casal informa seus filhos que aquela relação nao existirá mais como foi até então, explica- se e esperam que elas entendam assim como elas repetem "sim entendo" "é melhor assim" "vc vai ter duas casas e dois presentes". Como se isso fosse realmente explicar o inexplicável" porque meus pais não estão mais juntos?"

Nunca nenhum motivo vai ser suficiente para uma criança compreender que duas pessoas que ja se amaram não vão mais viver juntos, por qqr motivo que seja.

São relações imaturas e inconsequentes.

Trazendo filhos para uma realidade falha, sem estrutura e com muitos problemas!

Apesar da psicologia dar direito e aval para o pensamento egoísta de querer ser feliz sem pensar em mais ninguem, este direito se esvai com o líquido amniótico durante o nascimento do bebê!

A partir deste momento e não so pela questão emocional, mas a responsabilidade por uma outra vida e pessoa se torna irrevogavelmente mais valiosa exigindo maior atenção e cuidados!

Crianças são seres felizes por nascimento, que com a convivência se espelham n mais próximo!

Engana- se quem pensa que ensinar uma criança é a grande questão de todo desenvolvimento humano, que na verdade precisamos respeitar, crianças, adultos e idosos com o devido respeito, que muitas vezes é um conceito irreal!

Julga-se respeito proteger alguém, mas não e visto como respeito ensinar a se defender, sendo apenas uma opção. Onde fica o respeito pela experiência pessoal de cada um? Onde fica o direito dessa pessoa em aprender e não apenas imitar soluções de outras pessoas e alguns concelhos? Cada pessoa tem sua própria maneira de aprender, alguns aprendem vendo, outras ouvindo, outras aprendem estudando mas todos nos aprendemos com experiências e vivências próprias!

As crianças sao assim, elas experimentam, testam, adquirem o pensamento "se não deu assim, pode dar de outro jeito"! Tomas Edson testar mil vezes para achar o certo é algo grandioso e perseverante, onde esta o respeito se tiramos de nossas crianças a perseverança e a experiência? Porque uma criança testar algo novo é algo muito assustador?

São Perguntas como estas que me causam aflição na criação das minhas filhas. Vejo por elas o qnto tenho que me superar e em diversos momentos mais a aprender do que ensinar!

Com elas aprendo a ser resiliente, adaptável, inovadora, disposta a novidades mas, com muita duvida, muito medo d fazer errado e muito amor pra elas.

Não sao todos os pais que desenvolvem esse tipo d afeto pelos filhos, e cada casal, juntos ou não, tem seu próprio jeitinho de educar, cada um com suas experiências, lembranças e costumes!

E ja que falo das minhas experiências vamos voltar no tempo em alguns momentos interessantes!

Durante minha adolescência eu e minha mae constantemente discutíamos. Este período foi difícil pra nós duas, e imagino que pro meu irmão que assistia tbm deveria ser bem ruim ver sua mae e sua irmã brigando, com agressões fisicas, verbais e emocionais!

Hoje entendo muito mais seus motivos, não apenas por ter me tornado mae, mas por me identificar em alguns momentos com suas questões e também por olhar para as situações com outros olhos, olhos de mãe!

Qndo nasci passamos por uma doença desconhecida, e depois d muitos meses entre a vida e a morte fui diagnosticada com síndrome ciliaca. No hospital enquanto meu pai tentava se conformar com uma possível perda d um bebê, minha mãe lutava contra suas crenças para me manter viva a todo custo! Não me imagino com uma filha enferma sem saber nem que doença tratar. Nem posso imaginar o medo, desespero e esperança que habitavam o coração dela e de mimha avó que estavam sempre comigo! Isso sei apenas por histórias de família! Hoje eu compreendo mais porque ela me tratava com muito zelo durante a adolescência, eu do meu lado me sentia diminuída e incapaz! Sim, me sinto assim ate hoje em diversos momentos!

Eu tinha em.torno de 8 anos e meus pais resolveram se separar! Os motivos? Álcool, drogas, desrespeito, falta d companheirismo, ausência e decepção! Com esta lista qualquer pessoa teria certeza de que o divórcio é a melhor opção. Me lembro como aprendi a não me espelhar em ninguém e muito menos me sentir orgulhosa do que eu tinha e meus colegas d classe não tinham: os pais ainda casados.

Num belo dia, falando com uma amiga de pais separados pensei" ufa que bom que meus pais não são separados" parce mentira mas não passou um mês e esse pensamento virou uma enorme mágoa! Eles anunciaram, depois d uma briga assistida por mim e meu irmão, o divórcio! Que decepção a minha, que vergonha d ter me sentido melhor, ou mais que minha amiga. E ela me consolava com as mesmas frases que ouviu! Mas ela não falava nunca do pai. Eu só ouvia falar da mãe!

Pensando nessas memórias eu percebo o qnto negligenciamos as informações passadas as crianças, q deveriam ser muito mais ricas com mais detalhes e todas as explicações necessárias, não fazem! Passam qualquer informação, lúdica irreal e deixam a criança viver com aquela irrealidade no meio d um mundo bem real.

Dessa forma a mentalidade da criança vai sr formando, assim foi a minha, entre princesas monstros e castelos o meu se desfez! Era d areia, sem estrutura e num terreno nada bom.

Gab Freitas
Enviado por Gab Freitas em 11/10/2016
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