Centelha que se apaga
Um dia normal na vida de um alguém. Ele acorda com diversas vontades e desejos em mente, fazer coisas novas, sair da rotina, aventurar-se, sentir que tem liberdade pra tomar suas próprias decisões e que elas são as certas a se tomar, se realizar ou até sentir felicidade com algo simples, no entanto ao final do dia nenhuma de suas pequenas metas se concretizaram.
Todos pensam da mesma forma, pelo menos os que não desistiram de sua essência, ou de sua felicidade se tonando só mais um habitante desta parafernália de engrenagens composta por robôs vazios e gélidos que chamamos de sociedade, sempre fazendo as mesmas coisas como se fossem programados para aquilo.
Acredita-se em uma felicidade que se é vendida desde a infância, persuadiram todos a acreditar que existe, e assim se espera que algo mude milagrosamente, que essa suposta felicidade seja encontrada e tudo se resolva em um passe de magica, mas, no entanto todos estão inevitavelmente fadados ao fracasso.
Ambicionar felicidade é o que traz algum tom luminescente ao dia, mas não passa de esperança tola, que se esvai de forma melancólica, semelhante a quando damos adeus a um ente que amamos, e com o decorrer do tempo percebemos que esse foi o ultimo contato e nunca mais o veremos, existindo somente no campo do pensamento. Nos causa uma epifania de sentimentos e faz com que uma espécie de ser metafisico surja suprimindo nossa felicidade e nos lembrando de diversos momentos ruins que já passamos em nossas vidas, às vezes até mesmo aumentados por nossas mentes que tornam cada sofrimento mais intenso conforme nosso estado de anomia mental se eleva.
Muitos pensam que estão correndo atrás de seus sonhos, mas na verdade estão estáticos e imóveis quanto a suas vontades, semelhante a aqueles sonhos em que não é possível correr ou agir, um tipo de paralisia do sono enquanto acordados, que se repete em um looping de sofrimento, todos seremos sempre reféns de nossa prostração cíclica.