A medida dos sentimentos
Meça as coisas pelos seus sentimentos. Quanto medem seus sentimentos? Quanto medem as coisas medidas pelos seus sentimentos? Se o seu sentimento não suportar uma situação, faça de tudo para muda-la, se puder. Se não puder, tente se mudar, adaptar-se e se conformar com ela. Até que seu sentimento se acalme e que a situação esteja de acordo com seus sentimentos. Se algo perturba sua consciência, mude o que te perturba, ou mude sua consciência. Se não há como mudar sua consciência, certamente esse “algo” que te perturba não é coisa certa. Mude o que perturba a sua consciência até que seja motivo de prazer e não de inquietação. Mas cuidado, pois se a mudança te perturbar, se seus sentimentos não se comprazerem com a mudança, novamente, você deve usar a medida dos sentimentos para corrigi-la. Faça com que todas as coisas ao seu redor te proporcionem paz de espírito, sempre, por todo o tempo. Que nada te perturbe, e que, se algo te perturbar, que seja por um mínimo espaço de tempo. Logo que algo te incomodar, mude-o imediatamente. Se há algo mal resolvido, não deixe que essa angústia fique em seu coração. Não fique segurando inquietações. Não deixe que isso o impeça de sorrir. Faça as pazes, esclareça a situação, peça desculpas. Não importa quem estava certo ou errado, quando o mais importante é desenvolver a relação. Não importa o orgulho, quando o certo é ser humilde e dar a mão à pessoa. O melhor momento para mudanças é o quanto antes. Quanto mais tempo passamos com uma coisa errada, menos tempo teremos com a coisa certa. Mas nunca é tarde demais, pois, se aqui na terra o tempo é finito, após a vida o tempo não existe. Não há conceito de finito nem de infinito, pois não há espaço; e nem há conceito de muito tempo ou pouco tempo pois não há tempo na outra vida. Por isso, cada dia vivido é um dia a mais, e não um dia a menos. É por isso que essa vida é memorável: temos tão pouco tempo... como quando éramos crianças, quando tudo era mais intenso. Em que medíamos tudo com nossos sentimentos. Mas essa fase não passou. Essa vivência não passou. Somos crianças em corpos de adultos, medindo tudo com nossos sentimentos. Algumas responsabilidades a mais; alguns aprendizados a mais. Sempre crescendo. Por isso, ainda somos nossas próprias crianças crescidas. Não sabemos como será o futuro. Racionais, sim. Mas, ainda: humanos.