CONDUTA

Se me permitem dizer, tenho que encontrar palavras adequadas pra inserir no contexto.

É que às vezes deixo de falar ou tomar atitude com relação a algum assunto, pelo fato de estar compromissado com o meu jeito de ser, conduta, pois as pessoas poderiam achar que sou um mentiroso.

Agora, será que eu tenho o direito de ser normal e, vez por outra, posso dar uma escorregada, afinal também sou humano, igualzinho a qualquer um.

Por outro lado, como posso cuspir no chão, se todos sabem que reprovo esse tipo de atitude.

Na verdade, o que eu reprovo, não é o ato, pois entendo que existe um momento que é necessário faze-lo. O que eu não estou de acordo é a forma como esse procedimento acontece, procurando-se um lugar mais adequado e de uma maneira mais reservada.

Então, ultimamente, tenho percebido certa modificação, no que se refere aos movimentos do meu corpo, a coisa tem sido, se comparado alguns anos atrás, desastrosa. Quando me vejo no horário de tomar a dosagem do remédio, ou seja ao final de uma e início de outra, fico muito amarrado (travado) nos movimentos e, se não der uma encostada no sofá para relaxar, forçando alguma coisa que esteja fazendo, fico com dor nas costas.

Agora só como esclarecimento para as pessoas que, carregam a doença, (mal de Parkinson) como eu, precisamos entender que o processo é, por enquanto, irreversível e, se deixarmos, Degenerativo.

Como sabemos, a dopamina é responsável pelo envio de informações do cérebro ao corpo, para então este se movimentar. Sendo assim, o termo degenerativo, não tem a ver com o mal e sim com a falta de movimentos normais do dia a dia.

Desta forma, para convivermos tendo informações para poder movimentar a carcaça, precisamos ingerir o que não é produzido, em forma de remédios.

Temos, então, que estar em condições, mantendo atividades físicas e fazendo um pouco mais (exercícios), além de uma boa interação com os médicos, no tocante aos remédios, podendo então, ter uma vida quase normal.

É aí que entra o diferencial de cada um, ou seja, precisamos de muita força de vontade para sermos o mais normal possível e ainda mais um pouco.

Uma observação, quanto menos fazemos, menos vontade temos de fazer.

Fernando Amaro
Enviado por Fernando Amaro em 08/10/2016
Código do texto: T5785026
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