Isopor
"Ainda seguem as paredes como antes
Sem sentido, mas insistentes em guardar de pendurado uma letra, uma folha ou um retrato
Ainda se mantém um cheiro empoeirado, vazado por entre as frestas do armário
Este abarrotado de pilhagem, hoje desnecessária
Guardados baús que já não ferem, mas que gritam em silêncio uma dor imaculada, exaltada e omitida
Recheando a presença do vazio
Marcando com três pontos o fim do fio"