ESPELHO
Fim de inverno e o sol derretia de forma carinhosa a neve nas árvores.
Havia uma brisa gostosa que beijava minha face na Rue de la Fontaine..
Ao passar lentamente por uma vitrine parei e visualizei algo muito belo.
Me passava a sensação de leveza e segurança e como que em pequenos traços faciais, me transmitisse um sorriso seguro...
Me lembrou outro breve passeio pela St. Barrow em NY onde também passando por outra vitrine ,vi algo muito semelhante. Algo prostrado em uma vitrine ( várias vitrines)
Algo raro. Do tipo que se almeja ter. Que todo ser busca muitas vezes em lugares errados .
Algo na certeza do amor. Certeza do conhecimento. Certeza do caminho. Certeza de onde estava.
Entrei e fiquei muda.
Não havia nada lá dentro. Equivoquei-me?
Voltei à vitrine e lá estava.
Abri um largo sorriso e então entendi!
Não estava à venda.
Sorri novamente e continuei caminhando e cantarolando...
O que vi, era o “meu eu” espelhado.
Meu interno externado.
Tudo está em mim.Conquistado.