Minhas "Regras" práticas [Lógica e Argumentação] (04-10-2016)
Minhas "regras" práticas [Lógica e Argumentação] (Parte1)
Escrito por Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 04/10/2016
1. Existem muitos livros que tratam da argumentação. Tais livros são colocados nas estantes jurídicas, o que já dispensa com grão rapidez maiores justificações para esse enfoque. Outros livros, pouco afeitos a gradações mais específicas de alguma área, adotam uma propedêutica que, por "ipso facto", consolidam o uso notacional de elementos quantificadores (lógica de primeira ordem, lógica de segunda ordem) ou a aplicação de operadores modais (lógica modal) [1],[2].
2. Não obstante, não farei nenhuma especificação por esses corpos matemáticos de disciplina lógica, apenas destacarei algumas "regras" práticas que elaborei, bem mais conexas à disposição da lógica natural e à nossa capacidade de perceber distinções, desde níveis mais dependentes da percepção imediata da experiência (situação ou fatos) até graus relativos à organização 're-lacional', de 'relatus', 're', mais 'ferre' (portar) [3].
3. Com isso, ao portar-se às coisas (objetos) e apreendê-los através de alguma correspondência, já exijo automaticamente a "ideia âncora", o cânone de locação inteligível, aquilo pelo qual já possuo (ou acredito possuir) o adequado critério (ou até o método) para arvorar as várias relações (normalmente causais). É nesse preciso ínterim que diversas "amarras" condicionadas por fatores negativos (pressões sociais, tradições fechadas, maus hábitos de raciocínio, mau caratismo) e por fatores positivos (educação estritamente formal, vício do adestramento cognitivo, fixação ideológica) atuam bastante e mascaram-se pela artificialização lógica. Nesse aspecto, não adianta apenas aprender fórmulas lógicas sem desenvolver a lógica natural e a mediação inteligível (ordenação concreta e consistência de pensamento).
4. Eis aqui algumas "regras". São apenas indicativos elementares, porém aptas para suscitar tanto exercícios como uma reflexão mais vasta:
I-A dúvida evoca a enunciação interrogante. Pela própria expectativa de resposta, ela atende à função de um meio, não de um fim plenamente justificado ou determinado.
Observação: essa regra serve para esclarecer particularmente os céticos de persistência religiosa (ironia). Em meu texto, "O inabitual como susto: o cético pantomima", mostro que esse cético mimético deixa em equivalência direta a 'potencial evidência' de uma realidade mau vista por suas "localizações inteligíveis" com os quadros de memórias experimentais (limites observacionais) referidos às suas especialidades metodológicas, circunscritas a determinados campos de estudo e às respectivas capacidades instrumentais. Por conseguinte, se não acham a "evidência", indeferem ou negam até a possibilidade do desenvolvimento de outra estrutura de conhecimento, a qual abriria rumos investigativos para explicar a fenomenologia envolvida (aqui, os "doutores" céticos classificam-na como pseudociência).
II-Elementos circunstanciais não são relações de necessidade, nem se
esquivam de constituírem o protagonismo causal na ocorrência de outros cenários subsequentes.
Observação: eventos anômalos da natureza podem ser o resultado de influências não esperadas, mas nada exclui que sejam reflexos causais
de correspondências de ordens físicas que não tiveram ainda seu pleno conhecimento estrutural.
III-Existe uma hierarquia de conceitos num corpo de estudo, bem como
de observações feitas pelo uso de tais conceitos.
Um exemplo: destacar demasiadamente a importância do PIB (Produto Interno Bruto), ao ponto de transpassar o seu conceito e torná-lo quase como sinônimo do conceito de economia ou de superestimá-lo.
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Notas:
1-Informações básicas sobre Lógica:
<http://plato.stanford.edu/entries/logic-classical/>
Acesso: 04/10/2016.
2-Sobre a Lógica Modal:
<http://plato.stanford.edu/entries/logic-modal/>
Acesso: 04/10/2016.
3-Etimologia (Palavra: relação):
<http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/relacao/>
Acesso: 04/10/2016.
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Recomento meus textos:
"O inabitual como susto: o cético pantomima".
"O Reino das Analogias Superiores: as Palavras sem os Véus".
"A Ideoscopia Acadêmica" (Parte 1)