Amor Paciente.

No capítulo treze da primeira carta aos coríntios apóstolo Paulo discorrer sobre as quinze características do amor. E, uma delas é a paciência, “O amor é paciente” (1Co 13:4), a palavra do grego que aqui é utilizada é a seguinte: “μακροθυμεω makrothumeo”, que tem o significado de: perseverar pacientemente e bravamente ao sofrer infortúnios e aborrecimentos, ser paciente em suportar as ofensas e injúrias de outros. Esta pala tem sua raiz em outra palavra grega: “μακροθυμως makrothumos” que nos remete a palavra: “μακροθυμια makrothumia” que se traduz por longanimidade. O significado da palavra longanimidade nós já sabemos, mas não custa relembrar; no que se refere a nós seres humanos a atitude de ser longânimos é ser moderado, ter apartado de si o sentimento de vingança. Ou seja, sempre ter o olhar de Cristo para todas as atitudes alheias, sempre pronto a perdoar e ter como balizador o amor e não o sentimento de vingança disfarçado de justiça.

É muito comum na correria do dia a dia perdermos a paciência com os que nos cercam. Mas o que devemos saber é que, quando deixamos o sentimento de raiva fluir livremente dentro de nós, ela causa danos em nosso organismo, e também causa danos a pessoa que alvo de nossa raiva. E aqui cabe bem o seguinte ditado popular; “mata dois coelhos com uma só cajadada”. Mas a raiva não atua somente em nível físico ela atua também em nossa parte psicológica. Quando deixamos a raiva fluir livremente ela bloqueia todos os sentimentos de amor e misericórdia que a vida cristã pede que tenhamos para com o próximo. Pois quando perdemos a paciência com alguém nós a relegamos a um segundo plano deixando de ter um cuidado para com ela. E quando fazemos isso sem perceber criamos uma barreira, e mesmo que isto aconteça somente por curtos momentos, essa barreira se tornará intransponível deixando a outra pessoa sem acesso a nós. E como consequência disto vamos aos poucos anulando a luz do Espirito De Deus que há em nós. Ou seja, o sentimento livre de raiva mata o ser humano em todos os seus aspectos; mato o corpo físico por que o adoece, mata a alma por que a tira do foco que é Jesus e anula o espírito que é o sopro de Deus.

E, é por isso que o apóstolo Paulo nos exorta a buscar o fruto do Espirito em, (Gál 5:22,23). Alguém pode dizer que isto e difícil de executar em nossas vidas diárias, mas é bom que lembremos que sentimentos como este pode nos tirar da vida eterna (Gál 5:21). O bom disto tudo é sabermos que não estamos sozinhos nesta batalha, e se orarmos e pedirmos ao Espirito Santo Ele nos ajudará a ter este amor longânimo. Segue o relato de um exemplo de vitória do praticar do amor paciente: Conta "Harry Emerson Fosdick" que ninguém tratou a Lincoln com mais desprezo que Stanton. Chamou-o: um palhaço baixo e sagaz. Apelidou-o o gorila original e disse que Du Chaillu era um parvo ao percorrer sem rumo a África tentando capturar um gorila, quando poderia ter encontrado um tão facilmente em Springfield, Illinois. Lincoln não dizia nada. Nomeou Stanton como ministro da guerra devido ao fato de que era o mais capaz para este trabalho. Tratou-o cortesmente. Os anos passaram. Chegou a noite em que a bala assassina matou Lincoln no teatro. No pequeno quarto ao que foi levado o corpo do presidente estava o próprio Stanton, que olhando o rosto silencioso de Lincoln em toda sua grosseria, disse através de suas lágrimas: Ali jaz o maior dos governantes que o mundo jamais viu. A paciência do amor tinha vencido no final.“ Aqui fica para nós uma lição; a de vencermos pela paciência do Amor e não pela belicosidade da guerra”. Que o amor paciente e gracioso de Jesus Cristo seja com todos nós.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 02/10/2016
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