Meus demônios particulares.

Certas imagens ainda se manifestam em meus sonhos

me atormentam no ponto alto da minha demência, da minha perda de sentido. Um lembrete cínico da essência romântica que eu vivo de recalcar (e condenar), esse é o meu trabalho de Sísifo. Em cada cantinho escuro da minha mente, em cada zona de sombra, bem no cume do abismo cantando para mim. Me atraindo, com uma espécie de orgulho de terem penetrado na minha mais profunda loucura, na loucura que eu nem sonhei ter um dia, na doença que sei que existe. É ali que essas fíguras atuam e me assombram, com o semblante orgulhoso de um senhor que dominou alguém que no fim das contas sempre acaba aceitando a condição de escravo; só que essas minhas sombras se unem em braços de umas e de outras a ponto de não saber quem é de que. Mas sei que todas estão ali, para me predar e o pior é que as vezes até gosto disso.

Deadeye Poem
Enviado por Deadeye Poem em 30/09/2016
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