Dias Inválidos

É inválido o riso que não trás paz

A lágrima de raiva

O choro que não cura

A alma que vaga sem saber onde vai.

São inválidos os pensamento que se prolongam na morte e no desejo de má sorte

As palavras que amargam o lábio e o coração.

É inválido o tempo que não é gasto a amar,

A mão que se estende apenas para pedir, nunca a ofertar

O abraço frouxo que nega a confiança.

Os conselhos que levam a caminhos tortuosos.

São inválidos os dias vividos sem poesia, os fins de tarde sem esperança e gratidão.

A existência de quem segue vazio, mesmo quando a alma é multidão de sentimentos vãos.

É inválida a vida de quem vive sem ser feliz e fez das coisas corruptíveis opção.

Mas vale a vida com duras provas ansiando o céu, pela fé no que Há de vir, que perder-se em tão grande ambição.

São dias inválidos quando Deus que é puro amor, não é a direção.

Paula Belmino