Dia comum!
Era mais um dia comum, olheiras por trocar o sono dos justos; enquanto a Lua passeava na noite escura; por lágrimas no travesseiro, o despertador tocou, sem saber que seu trabalho era desnecessário naquele momento, era um novo Sol batendo na janela, querendo a todo custo mostrar que a vida lhe abraçou mais uma vez.
Mas era mais um dia comum, forçada a levantar da cama como se o seu colchão estivesse em chamas, assim, já era hora de colocar no rosto a máscara de uma cidadã comum, menina comum, num dia comum, sem problemas, sem tristezas, sem motivos para lamentar, sorrisos espontâneos (só que não) e um ar de garota satisfeita com a vida.
Pois bem, cabeça a mil, coração vazio, alma em pedaços, mas "vamos lá", disse baixinho, quando fechou a porta de casa e mais uma vez foi enfrentar o mundo lá fora, afinal, era mais um dia comum na vida de quem enfrentava dias difíceis e incomuns, mas que se não fosse ela própria, quem viveria por si?
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