Ditador de Ponteiros
Tudo tem que ser corrido, para agora.
Não se pode parar, sempre em movimento.
Relógios tornam-se os ditadores obrigatórios do dia a dia,
E nos conduz pelo tempo com severidade.
Somando os lapsos que ainda nos restam,
Contando as migalhas que sobraram do dia,
Subtraindo as horas vividas.
Não saber das horas custa aquilo que o relógio marca: o tempo.
Não se pode esperar.
Nem os milésimos são perdoados,
Tudo é cronometrado.
E assim os dias dos anos são esmiuçados em segundo pelo relógio.
E os segundos diminuem o saldo de vida que ainda temos.
De milênios a segundos
O tempo conta tudo,
Do passado ao futuro,
O relógio vai dividindo o mundo.
Hoje, o tempo nunca teve tanto valor.