Na Cidade do Medo
De repente o alarme interior dispara, encurralando o ser
O rumo dos sentimentos ficam sufocados no mundo solitário
Sente o corpo tremer pelo pavor de cada segundo isolado
Os ruídos angustiantes da noite viram pesadelos reais
As palavras trancam-se na garganta sem a menor chance
De ouvir um pedido sincero que salve os desejos da alma
Aquele ponto sem volta onde você não tem mais escolhas
Assombrado pelas sombras de um passado totalmente seu
Um salto no escuro para um lugar totalmente maquiavélico
Sem ter a menor chance para uma redenção simplória
E cada sorriso que se deteriorou com os anos na escuridão
Apaga da memória todos os momentos mais completos
E a qualquer momento esconde-se da realidade incontestável
A rotina amarelou os sonhos que outrora eram designíos
Como uma fruta podre que destrói todo o resto da caixa
Um animal indefeso que prefere fugir sem nem lutar
O destino se quebrou em milhares de pedaços feito vidro
E nos braços do seu pior inimigo construiu um abrigo
Dormindo satisfeito com tudo o que conseguiu segurar