A Gira (Kaô Kabecilê)
Piso, e no pulo deixo o chão arder,
Sinto e quero mais queimar,
Na brasa da pedra que o raio corta,
Rala o grosso do couro que sola o pé.
Fundo; quebra d'água, força contra,
E de pé; ardendo com o pisar;
O cheiro da carne,
A carne do cheiro.
Em peso completo,
Cargas quentes de arrastar,
Firme, com a cara no bafo do fogo.
E no lombo surrado, cem sóis escaldam.
Peito abro fenda em fé,
Cora, marcas se mostram;
Olhos se banham nesse presente
Dos tempos juntos, que ecoam em brado.