Aprendi com o Espiritismo

Que lutar pela vida, é muito mais que abraçá-la,

é também lutar para que nosso coração não esfrie com o tempo,

e nos tornemos pessoas indiferentes.

Que se torna forte quem reconhece que não é possível viver sempre com um sorriso no rosto, mas é possível viver em paz com essa compreensão.

Que a solidão humana é a inquietação trazida pelos ecos de nosso passado.

Que a miséria em que possa estar vivendo o próximo, é miséria de toda a humanidade.

Que estender a mão ao próximo é mais fácil do que se pode pensar, mas por isso mesmo requer mais disciplina do que se supõe.

Que ter compaixão pelo sofrimento alheio é uma forma de abençoar

o nosso passado e agradecer a Deus pelo momento presente.

Que Deus, como qualquer pai amoroso, valoriza que seus filhos permaneçam unidos, e principalmente, que cuidem uns dos outros.

Aprendi que tirar a sorte grande pode significar menos do que se possa imaginar, ou mesmo suportar.

Que espíritos podem ser felizes ou sofredores, e que a decisão por ser um ou outro foi tomada por eles aqui, quando tiveram a mesma oportunidade que estamos tendo agora.

Que a salvação é algo mais sério do que se pode pensar, tratando-se antes de uma conquista diária, que de fórmulas prontas...

Que não ter expectativa pra não ser magoado deve ser uma atitude que deve ser tomada antes de ser magoado, caso o contrário, isso é vingança de ego machucado.

Aprendi que orar e vigiar é algo tão profundo, que somente o tempo nos mostrará o seu real significado, pois toda reflexão presente, a esse respeito, é superficial.

Aprendi que fazer o bem não te torna uma pessoa boa, apenas te abre as portas pra esse caminho.

Aprendi que discursos longos as vezes podem dizer pouco, e que silêncios aterradores podem vociferar verdades inquietantes.

Aprendi que a religião nos preenche exatamente naquilo que mais no falta, mas jamais saberemos de fato, qual parte dela é mais necessária ao nosso próximo.

Aprendi que irmãos que mais expiam e sofrem, nessa existência, são na verdade os mais corajosos.

Aprendi que criticar sem conhecer, deitado à sombra da minha zona de conforto, é apenas mais uma forma de fechar os olhos.

Aprendi que a certa altura da vida, nossas lembranças brilham mais do que nossa esperança no futuro, isso significa que não estamos vivendo o hoje, e portanto, reservamos a mesma coisa para o amanhã.

Aprendi que o amanhã jamais será bom, se só tenho olhos para o ontem.

Aprendi que elogios devem ser como o dinheiro, só tem valor se estiverem em circulação.

Aprendi que se desarmar, as vezes, é a melhor forma de demonstrar arrependimento.

Aprendi que não devemos subestimar o inesperado, pois a vida é implacável nas surpresas, talvez pra nos lembrar o quanto somos tolos.

Aprendi que continuo aprendendo, talvez menos do que sou capaz de reter, ou perceber, mas o continuar é a parte disso que nunca muda.

Glauco Medeiros
Enviado por Glauco Medeiros em 08/09/2016
Reeditado em 09/09/2016
Código do texto: T5754407
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