A MÃO QUE TANTO FEZ
A mão. Ah, a mão que tanto já fez.
Cuidou da vida, uniu-se a outra alma, abriu-se para que voasse o pássaro, respeitando asas e liberdade. A mão que cuidou dos filhos, mostrou-lhes o que julgava serem os melhores caminhos e ajudou-os a ultrapassar margens. Mão que tanto se movimentou gesticulando em ensinamentos e desenhando exemplos em salas de aula. Mão que aqueceu as da mãe, perante a frieza da morte; que com carinho transformou o pouco em muito. Ela, a mão... Única em suas obrigações e acolhimentos. Um remo nas ondulações de vendavais e bálsamo na calmaria do sossego.
Sim, ela: a mão.