Há amores
Há amores que vêm do pó; amores que involuntariamente conseguem levitar em cada uma de nossas tempestades. Falo daqueles amores que pintam a alma sem que nem se quer tenha saído o arco-íris. São os mesmos amores que muito antes de um toque na pele, já nos tocaram a alma, esses amores ecoam no limiar. São amores que prendem e lutam guerras que as vezes acreditamos perdidas, mas que mesmo assim são capazes de manter-nos na revolta da razão e na paz do sentimento. E embora os raios arrebentem ao compasso do estrondoso buraco do coração; eles mostram o caminho até no abismo do nosso ser.