DIVAGAÇÕES SOBRE A MORTE

Fronteira que delimita quem parte e quem fica.

Um véu que encobre a continuidade da vida imortal.

Ceifa o corpo, poupa a alma.

É de fato tão banal, que por ela passamos inúmeras vezes, e nem sequer nos lembramos.

Para o corpo, o final. Para a essência, o reinício.

Leva a flor, às vezes ainda em botão, em outras, em plena floração, ou em fase de desprender-se do galho. No entanto, não tem alcance, de aniquilar a semente, que continua a germinar em outras paragens.

É só reticências, nunca é ponto final.


(imagem: Lenapena - Dumbo/NY)
Lenapena
Enviado por Lenapena em 20/08/2016
Reeditado em 20/08/2016
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