Prontos para enfrentar a si mesmos?

Este demônio não temo. Ele é senhor do tempo. Somos servos a ele enquanto errarmos em nossas escolhas nubladas por um ego faminto pelo hedonismo. Que em nossas escolhas presentes possamos ter a devida clareza, a fim de fazermos dele um anjo que iluminará sempre nosso caminho. E que, enfim, possamos não temê-lo, mas agradecê-lo por termos acertado nossa escolha de um estar com o outro.

Que neguemos as demais possibilidades para um fim maior. E que escolha nenhuma nos atormente num futuro. Eis a honesta proposta que lhe ofertei acerca da verdade sempre.

As minhas escolhas até aqui me trouxeram até você. Assim como as suas até a mim. Hoje estamos com um novo livro que será escrito com a sua e a minha pena. Esta história começou há poucos dias e o demônio que a acompanha à espreita ainda não nos provou com suas duvidosas tentações. E, quando alguma surgir, saibamos negá-la para termos sempre paz de espírito e desejar viver tudo o que vivemos mais uma e todas as outras vezes.

A verdadeira negociação, é entre a escolha do perpétuo e do momentâneo. Se se deixar ir pelo fogo das paixões, certamente nos perderemos de vista e o afeto afundará ao mais profundo oceano. As “paixões” que me refiro são aquelas que o ego cisma em manter para boicotar o bem e as virtudes. Orgulho, teimosia, medo, mentira, receios...

Está pronto para seguir algo além do ego? Está pronto para enfrentar os desejos da carne?

Certamente será testado. Assim como as verdadeiras coisas em nossas vidas, temos que provar que somos merecedores de tais.

Assim como a pessoa ética em seus valores são testadas em corrompê-los constantemente. Quanto mais próximos estamos de alguma virtude, mais tentações para nos corromper. Este demônio é diferente... Ele não cessa em suas investidas contrárias ao bem e ao bom.

Pior ainda é no amor. Pois o amor é a virtude suprema.

Seus demônios pretendem cegar-nos.

Seus demônios... Estou me referindo aos demônios que pretendem retirar-nos alguma virtude. No caso, o amor.

Se for corruptível, sua alma será mais uma a padecer no mundo dos prazeres carnais e, a cada novo dia, você se tornará escravo deles... mais e mais até que a solidão te abrace pelo meio da vida, quando os olhos dos outros não pousarão mais sobre teu corpo.