Nada Acontece por Acaso...( Andrea Lúcia)
Na realidade, tenho passado por momentos tão difíceis que nem sem mensurar qual dor tem sido pior: física ou sentimental.
Ambas têm sido terríveis e têm me consumindo muito. Mas vou me ater à dor física.
Na verdade, só Deus e o tempo pra aplacar essas dores.
Assim, acho que nada é à toa: tudo tem um propósito. E eu sei que quando isso tudo passar, estarei fortalecida. Serei quase outra e agradecida a Deus.
Nada acontece por acaso.
Se hoje estou assim- de certo modo, mentalizei pra isso.
Para os que não me leram antes, estou praticamente sem andar há quase um ano...de cadeira de rodas. Um suplício, sufoco ou seja lá mais o que o for.
Mas eu pedi isso.
Há quem diga que foi macumba, olho grande, inveja ou acaso.
Pode ser presunção minha, mas eu sei porque aconteceu isso comigo e o porquê disso tudo.
Assim: minha vida era boa demais, fácil demais, tranquila demais...e eu reclamava.
Eu tinha tudo e não sabia....não dava valor. Casa, comida (tão clichê), filhos, cachorro, tempo pra mim, dinheiro de certo modo...e reclamava... Reclamava do dia a dia, das mesmices do dia a dia, das tarefas do dia a dia, da rotina do dia a dia. Reclamava de tudo...ou melhor, resmungava de tudo. Parecia que nada tinha valor, nada me alegrava, nada me fazia feliz. Na realidade, eu achava que não tinha valor para meus filhos - por ser do lar.
Pois é, um belo dia a vida me surpreendeu: deu-me uma rasteira...e eu fiquei assim. Caí...e caí em todos os aspectos. Tive que me submeter a uma cirurgia e pior... Fiquei sem poder pisar andar.. Fiquei sem chão!, literalmente. Tive que me sucumbir a andar de cadeira de rodas.
Confesso que no primeiro momento, essa notícia foi mortal e os primeiros dias ou semanas, também. Mas nada como o tempo... Adaptei -me super bem. Até passei o carnaval em Gramado. Sim...Como cadeirante, peguei avião, andei uns cento e poucos quilômetros de Porto Alegre até Gramado.. E lá me instalei dez dias num hotel super adaptado para portadores de necessidades especiais. Dez dias de paz, de amor - na época, de tranquilidade e de frescor.
Encontrei amigas queridas que só conhecia virtualmente - isso é um capítulo à parte, fui a Canela, na cascata do Caracol, comi fondue - é , em pleno verão - mas Gramado estava fresco, e andei pelos recantos da cidade.
Bom...esse episódio terminou... Mas não minha história.
Retomando à minha vida... Operei pela segunda vez em junho, coloquei uns ferros na perna ( fixador externo) e estou até reaprendendo a andar. Sendo que ainda tenho uma ou mais cirurgias pela frente. Aiii...
Na verdade, tenho muito que contar. Muitas histórias, muitos depoimentos, muitas lamúrias, muitos lamentos, mas também muito aprendizado.
Onde quero chegar:
Na realidade...o que quero dizer..é que não devemos reclamar, resmungar ainda que a vida pareça insossa, banal.
Nada é banal e sem graça quando temos coisas que nem sempre damos valor: água, luz, comida, e mais ainda, filhos para amar e etc.
Aprendi que não devemos reclamar das coisas...apenas agradecer, agradecer e agradecer todos os dias. A Deus, principalmente.
E eu sou grata por poder contar com minha família, amigos, pessoas que se dispõem a " cuidar" de mim - Sandra, em especial, e todos mais que estão interessados e engajados na minha recuperação.
Na verdade, o que eu queria dizer: mesmo que a vida se mostre chata, monótona, sem graça - agradeça. De uma hora pra outra, tudo pode mudar.
Assim: nada melhor que estar com saúde, filhos por perto, parentes e amigos queridos do lado, liberdade pra ir e vir e estar em paz.
Na realidade, tenho passado por momentos tão difíceis que nem sem mensurar qual dor tem sido pior: física ou sentimental.
Ambas têm sido terríveis e têm me consumindo muito. Mas vou me ater à dor física.
Na verdade, só Deus e o tempo pra aplacar essas dores.
Assim, acho que nada é à toa: tudo tem um propósito. E eu sei que quando isso tudo passar, estarei fortalecida. Serei quase outra e agradecida a Deus.
Nada acontece por acaso.
Se hoje estou assim- de certo modo, mentalizei pra isso.
Para os que não me leram antes, estou praticamente sem andar há quase um ano...de cadeira de rodas. Um suplício, sufoco ou seja lá mais o que o for.
Mas eu pedi isso.
Há quem diga que foi macumba, olho grande, inveja ou acaso.
Pode ser presunção minha, mas eu sei porque aconteceu isso comigo e o porquê disso tudo.
Assim: minha vida era boa demais, fácil demais, tranquila demais...e eu reclamava.
Eu tinha tudo e não sabia....não dava valor. Casa, comida (tão clichê), filhos, cachorro, tempo pra mim, dinheiro de certo modo...e reclamava... Reclamava do dia a dia, das mesmices do dia a dia, das tarefas do dia a dia, da rotina do dia a dia. Reclamava de tudo...ou melhor, resmungava de tudo. Parecia que nada tinha valor, nada me alegrava, nada me fazia feliz. Na realidade, eu achava que não tinha valor para meus filhos - por ser do lar.
Pois é, um belo dia a vida me surpreendeu: deu-me uma rasteira...e eu fiquei assim. Caí...e caí em todos os aspectos. Tive que me submeter a uma cirurgia e pior... Fiquei sem poder pisar andar.. Fiquei sem chão!, literalmente. Tive que me sucumbir a andar de cadeira de rodas.
Confesso que no primeiro momento, essa notícia foi mortal e os primeiros dias ou semanas, também. Mas nada como o tempo... Adaptei -me super bem. Até passei o carnaval em Gramado. Sim...Como cadeirante, peguei avião, andei uns cento e poucos quilômetros de Porto Alegre até Gramado.. E lá me instalei dez dias num hotel super adaptado para portadores de necessidades especiais. Dez dias de paz, de amor - na época, de tranquilidade e de frescor.
Encontrei amigas queridas que só conhecia virtualmente - isso é um capítulo à parte, fui a Canela, na cascata do Caracol, comi fondue - é , em pleno verão - mas Gramado estava fresco, e andei pelos recantos da cidade.
Bom...esse episódio terminou... Mas não minha história.
Retomando à minha vida... Operei pela segunda vez em junho, coloquei uns ferros na perna ( fixador externo) e estou até reaprendendo a andar. Sendo que ainda tenho uma ou mais cirurgias pela frente. Aiii...
Na verdade, tenho muito que contar. Muitas histórias, muitos depoimentos, muitas lamúrias, muitos lamentos, mas também muito aprendizado.
Onde quero chegar:
Na realidade...o que quero dizer..é que não devemos reclamar, resmungar ainda que a vida pareça insossa, banal.
Nada é banal e sem graça quando temos coisas que nem sempre damos valor: água, luz, comida, e mais ainda, filhos para amar e etc.
Aprendi que não devemos reclamar das coisas...apenas agradecer, agradecer e agradecer todos os dias. A Deus, principalmente.
E eu sou grata por poder contar com minha família, amigos, pessoas que se dispõem a " cuidar" de mim - Sandra, em especial, e todos mais que estão interessados e engajados na minha recuperação.
Na verdade, o que eu queria dizer: mesmo que a vida se mostre chata, monótona, sem graça - agradeça. De uma hora pra outra, tudo pode mudar.
Assim: nada melhor que estar com saúde, filhos por perto, parentes e amigos queridos do lado, liberdade pra ir e vir e estar em paz.