celestial

Assim como os anjos, arcanjos e querubins, que foram enviados a terra para acudir a humanidade diante os ataques das trevas. Deus também nos dotou de asas, mas não com a mesma finalidade.

Enquanto os anjos as a possui para o seu translado do céu a terra e vice e versa, as nossas asas servem para que nos levem de retorno ao Pai Celeste. Quanto maior forem nossas asas, mais rápido alcançamos a Divindade.

Os nossos vôos não são certeiros quanto os dos anjos, não conseguimos trajetórias retilíneas, tão pouco conseguimos nos manter voando por muito tempo e existem explicações lógicas para que isso ocorra. Primeiro, nosso hábito é de andar e não de voar, portanto, não somos possuidores da habilidade angelical. Segundo, é que as nossas asas não são uniformes como as dos anjos.

Assim como as dos anjos nossas asas possuem nomes, uma se chama moral e a outra intelectual.

Os anjos conseguem suas manobras por possuírem intelecto e moral evoluídos e quanto maior o intelecto, maior a asa intelectual, quanto maior a moral, maior é a asa correspondente.

Muitos de nós não conseguimos voar por possuir asas pequenas demais, outros até conseguem voar, mas por possuírem asas desproporcionais entre elas, ou seja, ou possuem as de intelecto maiores que a da moral ou ao inverso, não são capazes de chegar ao destino traçado e desejado.

Temos de nos conscientizarmos de que o crescimento de nossas asas depende de nós, depende de nossos atos, de nossos gestos, de nossos pensamentos. Ao adquirirmos o conhecimento, aumentando o nosso intelecto, fazemos com que a nossa asa do intelecto venha a crescer. Já a da moral cresce de acordo com o proceder doa nossos atos, dos nossos pensamentos.

Se o nosso intelecto cresce, mas utilizamo-lo de forma a denegrir outrem e planejar perversidades, certamente a nossa asa da moral não acompanhará o crescimento da asa do intelecto, podendo inclusive, em certos casos, vir a definhar, regredindo no seu processo evolutivo.

Por outro lado, se nos propomos a agir de forma coesa moralmente, sem infringir os espaços alheios, sem fomentar ou condenar o caminhar dos nossos semelhantes, estando sempre prontos, dispostos e oportunos na prática da caridade, certamente a nossa asa moral crescerá viçosa.

Portanto, brindemos a evolução, pensemos melhor em nossos atos, nos predispondo a melhorar e mudar, sem nunca esquecer que todos que aqui estamos temos os nossos defeitos, pois nossas asas não são niveladas e tão pouco possuem dimensões que possam nos transportar para o lado do Criador. Se perfeito fossemos, anjos perfeitos iríamos ser e aqui não habitaríamos.