Cínicos!
Você ainda finge... Com sorrisos me diz injúrias e ciúmes... Rancores antigos, novos desamores... Finjo não acreditar na verdade... Na face do ódio na sua face... Na jura maldita que juras... Na prodigiosa sedução maldosa de sua aura profanada, inclinada ao próprio sangue fervente... Sua armadura enfeita sua própria sombra que se deforma à luz do Sol... As correntes que lhe prende os pés, é a que usas para amarrar suas próprias memórias... Seus próprios sentimentos que quer esquecer... A espada que carregas, que lhe serve de arma, é a mesma que lhe fere a pele... Gere suas próprias cicatrizes sem perceber que seu infindo e gélido olhar é o que lhe olha com o pesar de orfão... Suas escamas duras, não duram... São efêmeras... Ínfimas... Mas sua carne fraca traga, toda pútrida insensatez de seus gestos.