SÃO PAULO...
Tem gente nas ruas
dependendo de ajuda...
comunicando as cegas
que tem dias de lutas,
necessitando de um coração,
para ver o que muda.
E nas noites de frio
sem agasalho nem casa,
o olhar é vazio e a sentença é na alma.
Se gritar ninguém ouve,
se pedir
não tem nada.
Nem parece ser gente,
por não ter boa jornada.
Nunca vive consciente,
nem tem firme palavra.
Sobrevive sem dinheiro,
comendo sobras e lixos
que abandonam nas latas.
Mas poderia ser diferente,
se houvesse outros valores.
Se o rico colaborasse com o pobre,
com mais emprego e não só com dores,
se houvesse mais caridade
como fonte de honestidade,
e o teatro vida,
tivesse seres humanos e não só atores.
Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.