Escrever
Escrevo por não ter o que fazer no mundo: sobrei e não há um canto para mim. Escrevo para me sentir leve, livre e feliz. Escrevo para expressar o que realmente sinto e sou. Escrevo porque sou desesperada, quebrada, irritada, magoada, fria, indomável, eu. Escrevo porque estou cansada, e desconfio que seja da vida. Escrevo por não suportar mais a rotina de me ser e se não fosse a novidade de escrever, eu morreria abstratamente todos dias, sairia pela porta dos fundos da minha vida. Experimentei quase tudo, até a paixão e o desespero, o não correspondido e a dor que dilacera. E agora só queria ter o que eu tivesse sido e não fui.