Fotografia © Ana Ferreira
Esperei caminhos se abrirem
dobradiças beberem bastante óleo
rasas queimarem minha garganta
e de sede, quase morrer, pela poesia...
(Arana do Cerrado)
dobradiças beberem bastante óleo
rasas queimarem minha garganta
e de sede, quase morrer, pela poesia...
(Arana do Cerrado)
Sempre esperaremos que caminhos se abram,
que elos se rompam,
que sementes por nós plantadas germinem...
O esperar é a nossa eterna estrada,
é a liberdade dos encarcerados,
é a fé dos que sonham a cura depois de muitas dores sofridas,
é a alegria do velhinho que não quer parar de contar histórias,
é a esperança dos enamorados.
O esperar é a derradeira forma de sonharmos,
sabendo que a escolha é nossa
e que somos feitos das escolhas que fizermos.
O esperar é a forma sublime de contrariar a sorte,
o fado,
maldito ou bendito,
de escrevermos,
de falarmos,
de não estarmos sós,
de nos deixarmos ir sem destino,
de sermos nós para nós...
Ana Flor do Lácio