Destinos
O mar não se desculpa quando destrói um castelo de areia, o castelo é que não deveria estar ali em seu caminho.
A água, movida pela ação dos ventos e da lua, tenta se deter e desviar, talvez sofra enquanto arrasta o delicado castelo, tão desarmado diante de sua imensidão...
Por um brevíssimo instante antes do fatídico encontro, mar e castelo se contemplam em uma imagem perfeita.
Mas o mar não sabe fazer outra coisa além de se espraiar, jogar suas ondas, escavar a areia que encontra pela frente.
E então não há mais castelo. O mar recua e prossegue, desolado, destruindo outros sonhos, sentimentos e corações.
O mar e o frágil castelo apenas cumprem os seus inexoráveis destinos.
Talvez seja por isso que as águas do mar são salgadas... como as lágrimas.
...
Iolanda Pinheiro.
O mar não se desculpa quando destrói um castelo de areia, o castelo é que não deveria estar ali em seu caminho.
A água, movida pela ação dos ventos e da lua, tenta se deter e desviar, talvez sofra enquanto arrasta o delicado castelo, tão desarmado diante de sua imensidão...
Por um brevíssimo instante antes do fatídico encontro, mar e castelo se contemplam em uma imagem perfeita.
Mas o mar não sabe fazer outra coisa além de se espraiar, jogar suas ondas, escavar a areia que encontra pela frente.
E então não há mais castelo. O mar recua e prossegue, desolado, destruindo outros sonhos, sentimentos e corações.
O mar e o frágil castelo apenas cumprem os seus inexoráveis destinos.
Talvez seja por isso que as águas do mar são salgadas... como as lágrimas.
...
Iolanda Pinheiro.
INTERAÇÃO COM O SEU DESTINO
Castelos de areia e mares
Mares e castelos de areia
Interpretados como díspares
Num mundo que se incendeia
E na imprecisão de um sentimento
Lâmina de fogo descuidado
Disparada pelo dizer do momento
Põe a perder doce mundo delicado
E onde havia ontem uma fortaleza
Estende-se hoje tapete branco mutante
Onde havia enlace de pureza
Estende-se memória relutante
E na insistência do bem querer
Que é do coração sua natureza
Destino inexorável do viver
Mar e castelo aspiram à singeleza
Com gratidão
Te amo
interação com -Destinos- de Iolanda Pinheiro
Castelos de areia e mares
Mares e castelos de areia
Interpretados como díspares
Num mundo que se incendeia
E na imprecisão de um sentimento
Lâmina de fogo descuidado
Disparada pelo dizer do momento
Põe a perder doce mundo delicado
E onde havia ontem uma fortaleza
Estende-se hoje tapete branco mutante
Onde havia enlace de pureza
Estende-se memória relutante
E na insistência do bem querer
Que é do coração sua natureza
Destino inexorável do viver
Mar e castelo aspiram à singeleza
Com gratidão
Te amo
interação com -Destinos- de Iolanda Pinheiro
Carlos Henrique Fernandes Gomes
Escrivaninha do meu amor:
http://www.recantodasletras.com.br/autores/carloshfgomes
Interação do Amigo E. Silva. Muito obrigada, querido.
Ah. ..se o castelo soubesse nadar
viajaria por todos oceanos
e até quem sabe
conteria dentro de si tal mar
Análise da amiga e poetisa recantista EDNA FRIGATO:
Edna Frigato
Escrivaninha do meu amor:
http://www.recantodasletras.com.br/autores/carloshfgomes
Interação do Amigo E. Silva. Muito obrigada, querido.
Ah. ..se o castelo soubesse nadar
viajaria por todos oceanos
e até quem sabe
conteria dentro de si tal mar
Análise da amiga e poetisa recantista EDNA FRIGATO:
Edna Frigato
Bela alegoria escolheste para representar os ciclos da vida Iolanda: o mar. E o castelo de areia representando os sentimentos. Ambos tão exatos, tão perfeitos, tão completos...E a vida é assim, como as ondas, independente do nosso sentir ou querer ela segue seu curso, rompe barreiras e fecha seus ciclos. Nós, meros espectadores desse espetáculo maravilhoso, cara a cara com ela, a olhamos com olhar pedinte, de criança na iminência de ter seu brinquedo tão amado arrancado de suas mãos, mas ela impiedosa, obedece apenas seus desígnios, e leva com ela nossos sonhos. No entanto, essas mesmas ondas que transformou nossos sentimentos em areia, nos traz novos sonhos na profusão de cores da aurora, e nós novamente sonhamos, mais uma vez construímos castelos, mesmo sabendo que a qualquer momento eles podem ser levados pelas ondas. Mas, é esse ciclo inexorável não? O mar cumpre o seu papel, e nós também o nosso. Como já dizia o Poeta:"somos feitos da mesma matéria que é feita os sonhos." Como disseste tão lindamente, fechando seu pensamento com chave de ouro: talvez seja exatamente por isso, que assim como as águas do mar, nossas lágrimas também são salgadas. Parabéns, amiga pelo pensamento metaforicamente real e tão lindo!