Interestelar

Quando era criança e olhava para o céu a noite, as luzes e a imaginação de como seria a beleza das coisas consumiam meus sonhos.

Não sou mais criança, mas as luzes dos teus olhos e a imaginação da tua beleza ganharam lugar nos meus sonhos.

Vigésimo nono dia do sétimo mês.

Um lugar não muito habitual, "poser" à nossa normalidade nada normal. (risos)

De longe te olhava pelo meu telescópio, e sua luz me encontrou.

Quando as duas estrelas em um intervalo de tempo se distanciaram, iriam encontrar o seu par ainda naquela mesma noite. E elas se encontraram. "É o encontro de metades", propositalmente naquele momento.

Dizem que as coisas mais bonitas da vida não são vistas, mas sentidas.

Minha mão na sua.

Teu braço com o meu.

Teu rosto no meu peito.

Meu rosto no teu.

Nossos olhos dançando mais do que qualquer outra pessoa ali presente.

Nossas asas buscando como liberdade alçar vôo no coração um do outro.

Neste paradoxo do tempo sinto como se já nos conhecêssemos, coincidência? Eu acho que não.

Estava prestes a explodir. Supernova. Tinha que te falar, não havia mais como e nem porquê segurar. Supernova. Vamos nos fundir quando colidirmos. Explodiram as cores, não havia mais nada a nossa volta. "Você é muito especial."

"Que sorte a nossa", não?

A senhorita cortou o doce, mas seu beijo pelo visto não.

Uma pena o senhor tempo não nos deixar o parar naquele seu pequeno espaço, mas a vida tem dessas, não é?

As borboletas do meu estômago me perguntam sobre você.

Eu me sinto como se pudesse dirigir a noite inteira

e te encontrar nas luzes dos postes como uma criança que sonha no banco de trás do carro dos pais na grande cidade à noite. Abra meus olhos, quero sonhar acordado.

Mas é chegada a hora de ir, sinto seu espírito e seu coração mais uma vez, vá, mas volte:

"Vou dar meu nome à estrela da direita. Por favor, chame-a pelo seu novo nome.

Porque seu nome seria perfeito para essa estrela à esquerda."

31/07/16 - 04:37 hr