a dor de todos e a de cada um...
ainda ei de saber...
dizer o que há comigo
não desde o início, é claro
mas,o que me angustia...agora
quem sabe, ter quem confio
me traga uma aragem de alegria
me pondo de novo, a sorrir...
confesso...
não foi a vida, bem sei
quem tirou o meu querer...
o desencanto, chegou de mansinho
se fez posseiro do meu ninho...
diz que veio pra ficar...
meu amor...
tem sido generoso comigo
nunca deixou
uma grande dor se aproximar
mas, tem as dores miúdas
aquelas quase imperceptíveis
parecem que nem doí...
mas, creia elas doem ...
quando se instalam,
têm o dom de serem infinitas...
não são do campo das coisinhas,
daquilo tipo: permitido ou proibido
posso , não posso...
devo , não devo...
elas nos pegam desprevenidos,
impedindo o fluir
comum da vida...
nascem das entranhas
retiram a luz da vida
fazem de nosso querer
quase invisível...
cegando nossas possibilidades...
Ines