Céu de Inverno

O céu trazia a leveza da brisa,impregnada ao tom cinza que aquela manhã apresentava.

As mãos estavam molhadas ,ao tocar nas pétalas banhadas pela chuva...

Manhã de Inverno...

As lareiras aqueciam a sala, e os livros ficavam com o cheiro peculiar do ambiente úmido.

As palavras eram aquecidas no esboço dos livros,pelas tintas das extintas canetas,que banhavam as caligrafias com a tonalidade de cada uma delas.

Já,a tonalidade do céu em um tom cinza,deixava as nuvens menos densas mais protegidas da sobriedade da estação.

O calor das mãos,tocava a taça com vinho e perdia-se ao olhar fixo a lareira.

Nuances de cores invadiam aquela tarde que apontava na atmosfera.

Os textos românticos passeavam por palavras de apreço e gratidão,mesmo submetidas as linguagens digitalizadas,estas deixam as frases aparentemente frias,sem o registro das impressões as quais ficam imbuídas nas esferográficas.

O vinho vai aquecendo...

Céu da boca...

o sabor do tinto exala...

Ao cair da noite,o céu apresentava a sobriedade da noite e a luminosidade do sol mais ameno que surgiu ao cair da tarde.

Nuances circundam o céu...

A parte azul é extraída,por uma cor mais opaca que banha toda atmosfera.

E por ter extaído as palavras através das leituras durante todo aquele dia,fecho os livros e deixo os escritos adormecerem.

Percebo o toque da chuva na janela,vejo e sinto uma sinfonia com uma sincronicidade que tocam as calçadas com um efeito singelo,palavras ecoam,pétalas exalam,diante do céu de Inverno.

SHIRLEY LIMA
Enviado por SHIRLEY LIMA em 29/07/2016
Reeditado em 11/09/2016
Código do texto: T5713023
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