O silêncio das palavras ressecadas.

Palavras que cortam e emudecem a garganta

como uma faca afiada que insiste em perfurar.

Os nós foram feitos entre os desatinos de suspiros

nas revoadas, redemoinhos deixados a cavalgar.

Desse nosso destino não existe mais surpresas

desviando dos caminhos nos tornando outras presas.

Trocadilhos, poesias, coisas que me preenchem

enquanto em minha mente vazia as palavras mentem,

encontram e procuram o espaço ideal para se organizarem.

Ainda assim quando escrevo me corrói o estômago

o desejo de um doce beijo me interessa por inteira

Nesse dia lindo de uma quarta-feira, me entregar a ti.

De mansinho vou trazendo sua bagagem, esperança de ver

essa paisagem que já é um pedacinho de nós.

Marina Ramalho
Enviado por Marina Ramalho em 27/07/2016
Reeditado em 27/07/2016
Código do texto: T5710612
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