A MESMA SAUDADE. (ALMIR PRADO)

Se você me encontrar amanhã na rua, me desculpe pela roupa amassada, pela barba malfeita e pelo cadarço desamarrado. Eu ando perdendo meu tempo revirando livros, buscando naquelas palavras uma maneira de dizer pra mim mesmo que vai ficar tudo bem. Eu sempre acreditei que poderíamos ter sido. Para falar bem a verdade, deveríamos! É que a faísca de seu silêncio provoca em mim um incêndio. Ainda sinto o gosto de coração na boca quando me beijava feito loka e eu tento levar a minha vida, tento mudar , mas sou o mesmo rio que corre e a mesma saudade que atraca. (ALMIR PRADO)

Almir Prado
Enviado por Almir Prado em 27/07/2016
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