Fim de noite
Súdita noite acalentada por estrelas
Perpetrada por séculos por essa Criação silenciosa
Feita sem percerbermos, agradecermos, orarmos
Mas, feita para os que foram, estão e irão
Constelações e buracos negros longínquos
Sem aparente razão, mas tudo com uma máxima vontade
Até para quem nunca ouviu falar
Tudo corre a Seu contento, seja aqui ou no firmamento
Mas, aqui que é o problema
Se visto de outra órbita, essa gente pequena
Cheia de resultados ou teoremas
Vazios de um pensamento cheio
A mim, que estou aqui também me curvo
Ao julgamento, ao ato pequeno, ao egoísmo extremo
Aos dissabores, que as vezes, não queremos
Bem, tentemos
Então, mesmo nessa lida, caminhada as vezes sofrida
Enquanto estamos, vamos consertando, caindo e levantando
Fazendo alguém sorrir, outros, chorando
Só erra quem tenta, copo meio cheio ou vazio, correndo como um rio
Que deságua no infinito!