Ainda lembro como se fosse hoje.
Do meu primeiro beijo dado.
Cismei com o meu hálito e antes de ir ao encontro.
Entrei no primeiro bar que avistei, por azar só tinha aquelas danadas, balas que deixa a língua roxa.
Seguindo o ditado, que se não tem tu, vai tu mesmo.
Comprei e chupei as.
Como era noite e na noite todos os gatos são pardos.
Cheguei a casa dela e a primeira coisa que fiz, foi lhe sapecar um beijo.
Observação, ela beijava de olhos fechados.
A!
Mas quando ela abriu os olhos.
Detalhe, estávamos na varanda, que era toda iluminada.
E quando a moça viu minha língua toda roxa, saiu gritando chamando. Mãe.
Entendendo que fora por causa do beijo.
Fui saindo de fininho, para não correr.
vai que alguém gritasse.
Pega o tarado.
Caldo de galinha e precaução, não faz mau a ninguém.
No dia seguinte, foi que vim a saber.
A moça gritou a Mãe, para vir ver como o amor, deixa a língua roxa.
Ri muito do acaso e por conta disso nos beijamos muito, para ver se a língua dela ficava roxa.
Olha, que a dela não ficou, mas a minha de tanto se aproveitar e sem balas já queria se roxear.
Não nos casamos, por que a família teve que se mudar para bem longe.
E quando me vem a boca, um sorriso irônico.
E por que me lembro, como se fosse hoje.
Tracajá