Fantasma

Quem me dera ainda ter alguma dúvida sobre a existência de seres tristes e moribundos que vagam por aí sem objetivo e sem esperança, aguardando algo que não sabem o que é e nem quando virá, seres que seriam dignos de pena se fossem dignos de algo.

Malditos corpos sem luz, malditas almas sem paz, malditos corações cansados que batem no ritmo das lagrimas que correm em suas faces. Quando foram condenados? Por quem foram condenados? E por que?

Destinados a vagar em círculo dentro do cárcere de suas próprias mentes, buscando um fim rápido para sua agonia sem nunca se aproximar desta solução.

Me tornei um deles, não sei quando foi, mas agora percebi. Me tornei uma criatura a qual ninguém preza, ninguém ama, ninguém se importa, e que não tem o direito de morrer antes de pagar o preço que todos como eu têm que pagar, e a moeda é angústia.