IMAGEM DELA
(Socrates Di Lima)
Vejo na imagem do Sol latente,
Brilhando na imagem dela,
Vivo a vida na luz incandescente,
Vida viva de um viver poente.
E quando a noite se fecha na Lua santa,
Como um manto que se levanta,
desce e cobre a alma no seu recanto,
Que canta e desencanta os males que o amor espanta.
E quando esse manto cobre o corpo nu de Santa,
Faz uma imagem transparente num olhar que vaga,
Reluz o corpo de mulher que se agiganta,
Num sorriso largo de luz que nao se apaga.
Ai que minha alma veleja nos meus mares,
E com os ventos açoita minhas tempestades,
Grito em liberdade em todos os lugares,
Onde sua imagem bela me traz saudades.
E assim, cobre-me no seu veu organdi,
Na transparencia de nossos corpos nus em flor,
Prostro-me no encanto que ilumina em vela,
flamejante a doce imagem do amor
Como se fosse uma Lua bem grande,
Reluzindo aos olhos a bela imagem dela.