IMAGEM DELA
     (Socrates Di Lima)

     Vejo na imagem do Sol latente,
     Brilhando na imagem dela,
     Vivo a vida na luz incandescente,
     Vida viva de um viver poente.

     E quando a noite se fecha na Lua santa,
     Como um manto que se levanta,
     desce e cobre a alma no seu recanto,
     Que canta e desencanta os males que o amor espanta.

     E quando esse manto cobre o corpo nu de Santa,
     Faz uma imagem transparente num olhar que vaga,
     Reluz o corpo de mulher que se agiganta,
     Num sorriso largo de luz que nao se apaga.

     Ai que minha alma veleja nos meus mares,
     E com os ventos açoita  minhas tempestades,
     Grito em liberdade em todos os lugares,
     Onde sua imagem bela me traz saudades.

     E assim, cobre-me no seu veu organdi,
     Na transparencia de nossos corpos nus em flor,
     Prostro-me no encanto que ilumina em vela,
     flamejante a doce imagem do amor
     Como se fosse uma Lua bem grande,
     Reluzindo aos olhos  a bela imagem dela.

     
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 13/07/2016
Reeditado em 14/07/2016
Código do texto: T5696663
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