LIDANDO COM PESSOAS DIFICEIS.

REFLEXÕES DA VIDA.

O ser humano é um bicho falante. Da hora que levantamos até a hora de dormirmos falamos. Não falamos apenas por que é necessário. Falamos para chamar a atenção, para exprimirmos o que sentimos, e principalmente para opinarmos sobre a vida alheia.

A maior parte das pessoas gastam mais da metade do seu tempo livre, ou mesmo durante o trabalho, procurando assuntos para falar que envolvam a vida de outrem. Assuntos sobre traição e adultério são o que mais esse tipo de pessoa procura argumentar. Sempre baseado no me disseram. Nada concreto.

Outra parte tem a síndrome do coitadismo. Acham-se incompletas, incapazes, infelizes, solitárias e sozinhas mesmo estando rodeadas de pessoas, e para preencherem seu vazio existencial falam de si mesma ou do outro, desde que ela seja a vítima. Fizeram-me assim, eu fui vitima disso, me envolveram naquilo, estou sofrendo, fui magoada, fui agredida, fui traída, fui espancada, fui mandada embora, fui desprezada, fui demitida, fui violentada, fui enganada...Este tipo de gente sempre se refere a si próprio como objeto da ação e não o causador da ação, quando em mais da metade dos casos é o contrário. As pessoas mais pobres de espírito no mundo tem sua marca registrada por meio da repetição constante de falas como essas acima. Passam dias, meses, anos e a fala será sempre a mesma, ela sempre será objeto da ação do outro para o próprio sofrimento. Pode se relacionar com que for, de um santo clérigo a um assaltante, de um bebê de colo a um convalescente indefeso, o outro será sempre o que causou a ação para o sofrimento desta tal pessoa. Jamais ela mesma! Será sempre o outro o monstro! Quando há um ser real para quem possa por a culpa tudo bem. Quando não há, cria-se um ou vários. Quando não se acha no mundo físico alguém para por a culpa, apela-se para o mundo espiritual. Diz que estar sendo vitima de uma cilada do diabo ou então que seu sofrimento faz parte dos planos de Deus em sua vida e assim como Jó, diz que sabe que estar sofrendo mas terá vitoria. Diz que sairá do monturo e renascerá...(para depois cair de novo). Se for uma pessoa extremamente religiosa o caso pode ficar pior.

Por incrível que pareça, as principais vitimas desse tipo de pessoas paranóicas não são os que mais lhes causaram males. São exatamente aqueles que lhes fizeram bem, que lhes deu a mão em seus “dias ruins”, que lhes foram compreensíveis, que lhes emprestou o ombro para que tal pessoa pudesse chorar quando veio com suas mentiras, quando foi envolvido sem saber por ter compaixão do “coitadinho”, por procurar ser humano com um ser que age como uma mula... Pais, colegas de trabalho, amigos, filhos, vizinhos e principalmente o próprio conjugue são as principais vítimas e alvo da exposição alheia para esse tipo de gente. Os que ignoram esse tipo de pessoa estarão livres de vários problemas futuros (nesses casos, bem aventurados os insensíveis!). Os que procuram ajudar ficam expostos e de mocinho passam a ser bandido.

Essas pessoas não precisam de muito tempo ou muito esforço para chamar a atenção. Dois minutos com um desconhecido é o suficiente para despejar no outro todo o seu “sofrimento” e envolver outros em coisas que só existe na cabeça desta quem inventou. Filas de esperas, rede sociais, grupos de trabalho, o que transita na rua, não importa! Essas pessoas vivem com aspecto de cão abandonado em dia de chuva, com cara de desprezo, baixam a cabeça, fungam o nariz, respiram fundo, enxugam o canto do olho e ficam aguardando e... pimba! A primeira pessoa que cruza o olhar com ela ou pergunta o que estar ocorrendo, ela se derrama como uma represa que acabou de se romper, invadindo e inundando o ser e o espaço do outro com seu “sofrimento”. São como velhas raposas quando quer pegar as uvas: quando não conseguem dizem que não queriam mesmo por que estavam azedas, ou como alguns predadores que se fingem de mortos para atrair as vitimas. Difícil se livrar de gente assim. Quanto mais piedoso e amoroso fores, certamente mais sofrerás nas mãos desse tipo de gente. A sua inércia é o combustível que as aquece.

Pessoas que jamais se enfrentariam na vida acabam discutindo para defender gente como essas. Pessoas que jamais seriam capazes de matar uma mosca, tomam a causa dessa pessoa e prometem enfrentar o mundo para proteger o “coitado”. Relações entre pais e irmãos e vários membros da família são comprometido para defender esse tipo de “sofredor”. E depois? Bom, depois cada um que se lixe, pois o sofredor após por alguns pra se digladiar, vai fazer o mesmo com outros, e outros e mais outros... Poderá por o mundo inteiro em polvorosa mais não terá nenhum remorso ou sentimento de culpa pelo que fez. A consciência de tal pessoa depois de causar uma guerra é tão pura quanto a de um bebê dormindo. Dorme em paz e sossegada enquanto outros se ofendem. Se sentem como Helena de Tróia: apenas observando duas nações se destruírem enquanto seus amantes brigam por seu amor.

Vale lembrar que pessoas assim funcionam como telefone sem fio: do mesmo modo que elas trazem informações de outros para ti, tudo que você diz concordando ou discordando será levado de modo disrtocido para o outro. Leva de um e traz para o outro, sem nem se preocupar se estar iniciando uma guerra ou quantos morrerão nela. Ainda que seja uma guerra fria e que pessoas ficarão indiferente umas com as outras por seu “sofrimento”. Pouco importa. Importa é chamar atenção!

Com o passar do tempo, a vida nos ensina a ser “casca grossa” com esse tipo de gente. Não vi, não sei não quero saber e faz bem não me contar! Frases como essa são como água benta ao que estar possuído! Faz tal pessoa correr de sua presença, como acredita-se que o diabo foge da cruz.

Quer ajudar um “coitadista” ignore-o, ou apenas pergunte: o que você já fez, faz ou fará para mudar a situação? O “coitadinho” vai te deixar em paz, após citar frases já programada como “não adianta”, “ só mudo quando o outro mudar”, “ você não me entende”, “só Deus pode me ajudar”, “ melhor seria se eu tivesse morrido antes de nascer”... Tem quase uma centena de frases de efeito que os coitadinho usa quando você os repele. Melhor evitar o quanto antes, pois todo o mar de aflição criada por estes, passa para ti como se fosse real e lutarás com um inimigo invisível , no vácuo e assim mesmo acabarás boxeado por ti mesmo!

Cera no ouvido, pedra no coração e boca fechada para gente assim. Caso contrário nossa paz será ameaçada.

Ferreira Bispo
Enviado por Ferreira Bispo em 12/07/2016
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