Quando realmente quiseres me encontrar.
Procure na poesia mais simples que lhe convier.
Ou então, se apegue com São Longuinho.
Dando seis e não três pulinhos.
No aroma das flores.
Ou no raciocínar dos golfinhos.
Ou quem sabe, na liberdade das baleias.
Possa ser que lá esteja.
Pois sendo essência.
Cristalizo-me em âmbar.
Para o meu perfume se afixar.
E se realmente conheceres o meu cheiro.
Ira me encontrar.
Caso contrário.
Aguarde a próxima chuva de verão.
Assim que os primeiros pingos molharem a terra.
Guarde com você esse cheiro.
Pois sou a natureza.
E do seu entorno nunca sai.
Você e que me esqueceu.
PG